sexta-feira, 16 de abril de 2010

Eu.

Eu que sempre soube o que dizer, onde dizer e quando dizer...
Eu que sempre soube o que fazer, como fazer e porque fazer...
Eu que sempre soube onde estava e com quem estava...
Eu que sempre soube aonde ir, pra onde fugir e porque me esconder se necessário fosse...
Eu que sempre soube chorar de rir e rir pra não chorar...
Eu que sempre soube o que sentir e o que não deixar entrar no meu coração...
Eu que sempre soube ser quente no frio e fria no verão...
Eu que sempre pisei somente em terras firmes...
Eu que sempre fiz o que quis, e se não quis acabei não fazendo...
Eu que sempre lutei contra os meus inimigos e saudei os meus amigos...
Eu que sempre ponderei as palavras...
Eu que sempre controlei a minha dor...
Eu que sempre me mostrei forte ou fraquejei diante do meu cansaço...
Eu que sempre procurei extremos e hesitei ao tremer frente a eles...
Eu que sempre me curvei diante do grande, mas mantive meu olhar alto...
Eu que sempre consegui o que queria...
Eu que sempre comecei do zero...
Eu que sempre almejei o topo...

Hoje me calo, por simplesmente não ter outra saída a não ser me calar.


"All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you
My bones ache, my skin feels cold
And I'm getting so tired and so old"

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