domingo, 14 de março de 2010

É...

Não sei se dou risada ou caio no choro. É... E levanta a plaquinha daquele pessoal sempre otimista nas tardes de domingo: "eu já sabia!". Tanto sabia que briguei, relutei e me virei do avesso pra não me entregar. Mas não adianta, quando a gente confia em um sentimento, mesmo fingindo que não, acaba perdendo o senso do ridículo. Que ridículo se apaixonar! É... E vou seguindo em frente, porque quem pára no meio do caminho não só fica parado como também é arrastado pra trás. E eu quero no mínimo ir muito pra frente. No regrets war is over. Bobagem, bobagem! Nada termina enquanto não acaba... E pra mim ainda não acabou, porque eu não me entrego sem lutar. O meu coração ainda bate, e se alguém tiver que cair, que seja o inimigo. Bobagem, bobagem! Não há inimigos nessa história. Mas há muita história pra se contar, e mais ainda pra ser escrita e, por consequência, contada. Que ridículo não se apaixonar! É... Só posso dizer que ridícula ou não, eu me intensifiquei. E de tão intensa que hoje eu sou, decidi fechar as portas pra um balanço de estoque. Pronto: fechada (e não é fachada).
É quando a gente perde algo de muito valor que começa a procurar as riquezas antes escondidas a sete chaves. Assim que eu conseguir encontrar essas riquezas, procuro pelo que acabei de perder. Deixar de procurar por um tempo, às vezes, é o melhor jeito para encontrar depois (e isso não serve só pra coisas, mas principalmente pra um grande amor).


Confusa, porém concisa. Morta, porém viva. Sem muitas esperanças, mas totalmente crente em um amanhã melhor!



'Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.'

(Pablo Neruda)

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